Fazia sentido, não gostar mais de ti, não ouvir falar nada sobre ti, e não crer nada que viesse de ti. Faz sentido tu teres ido embora, teres escrito adeus, e ainda bem. Nunca te escrevi uma carta de despedida, ainda não estaria preparado para o adeus, achava eu de todas as vezes que te recordava. – Mas há um dia que pegamos em tudo, que esquecemos tudo o que se passou, e que vamos embora, e embora muitas vezes te tenha escrito a dizer que estava de partida nunca iria na totalidade, ao primeiro sinal, tu vinhas e eu aceitava-te, aceitando tudo o que viria a seguir, as tuas mudanças, os teus erros, a tua falta de confiança, e por vezes acreditava que não podíamos ficar juntos. – E continuo achar que não podemos. Um dia eu envio-te a minha carta, e quando esse dia chegar não voltes. Não quero mais nada de ti, mas por em quanto, escreve-me as vezes. Se isso te fizer bem.

Cheguei há pouco da faculdade, e como é o habitual, ligo o portátil vou ver as actualizações do blog, e se existe comentários novos. De facto esperei ontem por uma resposta tua, até que por fim, decidi desligar o portátil e ir estudar um pouco visto que provavelmente não me irias responder naquele dia. Hoje, não estaria há espera da tua resposta admito, achei que seguisses em frente, e não respondesses, ou acabasses por não responder aquilo que eu te tivera perguntado. Em relação a mim? Novas novidades? Tenho varias de facto, o facto que ando a descobrir o meu rumo, ando a descobrir o certo e o errado e antes que penses que essa idade já deveria ter passado porque, já não sou nenhum miúdo, e isso acontece quando temos 16, deixa-me explicar-te que ando a descobrir a onde vou formar a minha empresa de arquitectos, o meu sonho, os meus projectos, o meu estudo por fim seja apenas meu, e não volte a ter que estudar pra exames, nem ouvir professores, nem assistir aquelas típicas aulas de seca. Sei também que terei mais responsabilidades, mas estou radiante com isso, porque vou crescer ainda mais. De resto não ando a praticar volei, mas ando com corridas matinais, é verdade decidi dedicar-me um bocadinho a isso, visto que o tempo esta a ficar agradável, comecei a correr perto da praia, sozinho é verdade. SEMPRE gostei muito do mar e de tudo que nele trás. Contudo de resto a minha vida esta praticamente igual, a minha mãe continua a chatear-me, e eu tenho uma miúda pra cuidar, com o maior orgulho do mundo. Tenho lido sempre as tuas actualizações, e tudo o que tenhas escrito, independentemente se seja pra mim, ou pra um outro amor que descobriste depois de me ir embora, ou que ainda esta no teu coração primeiro do que eu. As minhas novidades estão dadas. Se quiseres saber mais alguma coisa, podes perguntar, eu acabo por te escrever.
p.s – stay close dont go.

Escreve-me sempre que puderes, sempre que quiseres, envia-me as cartas que quiseres, da-me uma ou outra informação sobre ti, o que fazes e a onde andas, conta-me um dia teu especial, ou um momento mais marcante que tivesses passado. Escreve-me a contar os promenores da tua ultima festa, a contares as asneiras das tuas amigas ou até mesmo pra partilhares um amor que te tivera ferido, e que precises de encontrar o teu caminho, e que tenhas que falar comigo. Sentirei ciumes, mas ficarei do teu lado, nao pra me aproveitar de ti(lembra-te que ja me fui embora em relacao a isso, e nao volto), eu estou do teu lado, pra te ajudar a perceber os teus erros. Mas já que me escreves as vezes, nao te posso pedir pra pensares em mim as vezes, quero que penses em mim durante varias vezes, nem que seja um minuto há noite mas recorda-me de mim, liga o computador mete uma musica, que a voz possa ser parecida comigo, abre o meu blog e lê-me, sente que sou eu que te falo, em varios que aqui se encontram pra ti. - Não preciso de uma mensagem a confirmar o meu pedido, no momento em que tiveres a fazer isso, eu sentirei e quem sabe não estarei a fazer exactamente o mesmo que tu.

Desta vez vou deixar as criticas ao teu amor de lado, não o vou julgar nem escrever que deverias ter feito isto, e fizeste aquilo, ou escrever-te que o teu amor era raramente sentido, davas pouco e exigias demais e criticavas-me pela ausência dos dias que me era destinado. – Achei que querias tudo de uma vez, os sonhos todos realizados, uma vida em conjunto, uma casa com filhos, um Para sempre logo de inicio, querias-me a mim mais do que outra coisa qualquer, mas eu também te queria mesmo com isto tudo pelo meio. – Mas como não te pude dar logo aquilo que esperavas que desse, não deste mais oportunidades, seguiste em frente com a tua impulsividade, e quando as coisas ficam mais calmas, voltas e esperas que te receba de sorrisos abertos, e volto a tentar com que os teus sonhos, juntamente com os meus se tornem os nossos e que mais uma vez possamos ficar juntos até há tua nova crise. – Se te dou de mais desconfias, se estou ausente criticas-me, se peço pra ficar mandas-me embora, se me vou embora chamas-me fraco. – Não consigo desta maneira, não sei ficar contigo desta maneira e não te quero desta forma. Não gosto de coisas inacabadas, e muito menos de ficar contigo hoje e amanha já não estas ai pra mim. Não sei a quantas pessoas dedicas os teus textos ou se estão todos ligados a mim, ou por alguma razão poderás escrevê-los a outro, e eu tomo partido que sejam pra mim, e respondo. Já que deixamos de falar, pelo menos usamos as cartas como antigamente o faziam. – Mas recordo-me bem que sempre que tentamos falar, acabas por trocar as ideias só por não leres aquilo que queres ouvir, só porque nunca queres ler um ‘’Não’’, e nunca aceitas as decisões que por vezes tomo. – Mas eu também tenho culpa de varias coisas. Mas quando fui-me embora da ultima vez, tu saberias que eu iria, e que poderia mesmo não voltar. Mas não te importaste, deixaste-me ir como o fizeras algum tempo atrás e não preciso que te recordes, acabaras por chegar lá.

Ainda há quem acredite que possamos ficar juntos Para Sempre.

Não quero saber de nós.

(Pelo menos enquanto nao mudares o teu rumo)