Se querias a minha carta de despedida, aqui a tens, demorou a ser escrita, mas acabei por concluir hoje. – Não saberia as palavras certas que te fosse escrever, não saberia como te escrever, mas hoje sei. Começo pelo fim, não voltes, não te quero mais, e boa sorte. – Desejo-te tudo o que me desejas a mim, não em maior ou menor quantidade, nem igual, só desejo que fiques bem, que trates de ti, e que sorrias sempre pra tudo o que te vier a fazer feliz. – Faz as tuas escolhas, umas com cabeça, outras nem penses muito, acaba por se estragar. Vive a vida com bastante emoção, e não estejas sempre pronta a receber, dá de vez em quando, as pessoas também merecem sabias? – Não te iludas, como te iludiste comigo, e se por acaso voltares a fazer, mete de parte a impulsividade, não a uses com frequência. Tenta atingir todos os teus sonhos, mas deixa alguns para mais tarde, ou outros menos importantes não os realizes, assim poderão ser sempre sonhos, não deixes portas entre abertas, ou abres, ou deixa ficar há porta são desnecessárias. –Não julgues com a certeza que nunca farás igual, acabas por fazer igual ou pior. Não te humilhes mas as vezes pedir desculpa faz bem, e é importante. Um conselho também te darei, talvez um ultimo não te percas nessa vida de noites, e fumos tu não és assim, e tu sabes. – Não sejas mandona nem aches que tens sempre razão, existe sempre uma razão por trás de toda a historia. – Não te apaixones logo há primeira tentativa, só porque queres esquecer o que viveste no passado e dás tudo de ti, depois ficas cansada e quando devias de dar, já é rotina e não o queres. Sabias que de vez em quando é bom sentir medo? Tenta senti-lo, e mesmo que digas que já o tivesses sentido, deixa ele ficar contigo durante alguns dias?! – Ele acaba por te abrir caminhos, e a escolheres melhor as tuas próprias decisões. – ouve todas as musicas que te recordam de mim, mas não em demasia, porque já a sabes de cor, e quando menos contares num sitio qualquer começas a cantar e recordas-te de mim, e isso? Isso não vale a pena e tu sabes. – Não me procures, nem penses o que poderia ter dado certo e não deu, não tentes achar que o erro foi só meu, tu tens culpa, não a maior parte mas alguma parte, ou então 50% / 50% achas que tenho razão? – Não sei se já te escrevi que não te ia procurar mais, mas como não vou estar a reler isto volto a escrever-te que não o farei. Não te magoes mais, e se te magoares que aprendas com isso. Eu quero-te bem, e mesmo que aches que fui imprudente em certas coisas, quero que percebas que não fui de todo imprudente contigo, fui verdadeiro. Nunca te prometi um mundo, e mesmo assim obrigaste-me a dar-te, nunca te prometi a minha vida, e mesmo que quisesse dividi-la contigo, tu querias mais do que isso. Nunca te prometi mais do que podia, e se algum dia prometi, e não dei foi porque tu obrigaste-me a faze-lo, e como já te escrevi tu querias mais do que era possível. – Não era nem sou nem nunca serei 24horas de ninguém. E tu saberias se me sufocasses eu acabaria por ir embora, e fui. Não me culpes mais, não me julgues mais, porque tu fazias pior, e tu sabes. Não te vou criticar mais, já chega, e se é uma carta de despedida como tu própria obrigaste-me a escreve-la, pois então não quero saber mais de ti. Não tenho mais nada de ti em mim, nem um perfume, nem uma mensagem, nem uma musica, nem uma conversa, as fotos acabaram por ser apagadas, e tudo o que me recorda de ti, acabou por se ir com o resto. Agora sim, sei que é a valer, e que não é como das outras vezes, que vais e depois vens e eu aceito. Desta vez eu vou. Acabo pelo inicio, obrigada.
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